A PESCA E A COMERCIALIZAÇÃO DOS BAGRES NO MÉDIO RIO SOLIMÕES – TEFÉ (AM)
Este trabalho aborda as práticas de pesca, a territorialidade dos camponeses-ribeirinhos
pescadores de bagres das comunidades do Santo Isidoro e Porto Praia, no município de Tefé
(AM) e a monopolização do território pelo capital desempenhado pelos comerciantes de
pescado no bairro do Abial, e em seu entorno na cidade de Tefé (AM). O estudo ressaltou a
importância da pesca dos bagres para a geração de renda no interior da unidade familiar
camponesa no contexto Amazônico. Para compreender os camponeses-ribeirinhos da área
pesquisada, parte-se do pressuposto de que é necessário observá-los no interior do
desenvolvimento capitalista no meio rural da Amazônia, onde o capital drena a renda
camponesa através da monopolização do território, ocasionando profundas transformações
nas relações dos camponeses-ribeirinhos, os quais criam territorialidades para defender seu
modo de produção como forma de garantir a manutenção da unidade familiar. Acompanhando
a rotina de trabalho desses atores sociais, observou-se que eles desenvolveram técnicas e
tecnologias que tornam a pesca dos bagres uma atividade de baixo custo. Este fato permitiu
compreender porque os capitalistas optaram pela monopolização, em vez da territorialização,
incluindo os camponeses-ribeirinhos no processo produtivo da pesca dos bagres.
Palavras-chaves: Bagres, camponeses-ribeirinhos, territorialidade, monopolização
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